quinta-feira, 10 de julho de 2008
Bodyboard, Internet e Organização - Será que agora vai?
A Internet vem evoluindo dia após dia a uma velocidade de mil por hora. Isso todo mundo sabe. Que os recursos, principalmente com o avanço da banda larga, estão se multiplicando e ampliando o leque de serviços na rede, isso também é de conhecimento geral. Estão aí o Orkut, Youtube e empresas como o Google que aproveitam (e como!) essa nova era digital.
Um dos grandes avanços foi em termos de vídeos, que com conexões mais rápidas, possibilitaram a disponibilização de tudo que se possa imaginar em termos de imagem e som, e como não poderia deixar de ser, temos agora vídeos e mais vídeos de Bodyboard ao alcance de alguns cliques. Basta navegar no Youtube para ver desde clássicos dos anos 1980 até as ondas que rolaram ontem em algum pico ao redor do mundo, e um cara pegou com sua câmera, editou e jogou na rede. E pensar que até pouco tempo atrás não existia nada disso! Nem conseguimos nos imaginar sem essas facilidades hoje em dia.
Agora, falando mais especificamente sobre o assunto desta postagem, o webcast, ou transmissão ao vivo via internet, é mais uma faceta dos avanços acima citados. Em termos de esportes radicais, aponto como excelência nesse quesito o circuito mundial de surf, que etapa após etapa aprimora o sistema e transmite, com qualidade de imagem e som (inclusive em várias líguas!), os melhores do mundo extrapolando mundo afora. E, é claro, ampliando seus ganhos de marketing com os milhares de acessos que obtém com esta tecnologia.
E o Bodyboard? Bem, em comparação ao surf, estamos ainda no tempo das cavernas. Mas em relação a muita coisa estamos realmente atrasados. A IBA, organizadora do bodyboard mundial, só de uns anos pra cá tem evoluído o circuito, mas mesmo assim estamos distantes do que seria o "ideal" (pelo menos com relação ao surf). O motivo de tamanho atraso foi a forma nada profissional que o esporte vinha sendo tratado até então. Sem visão de futuro e um mínimo de planejamento, estava difícil mesmo conseguir até mesmo a viabilidade do circuito em si.
Mas ao que parece, os ventos são outros. E estão soprando à favor, finalmente! A etapa de Shark Island que está rolando neste momento na Austrália (banner no começo deste post) parece ser um sinal de que podemos ter, enfim, uma esperança de ver e ter a melhor informação disponível sobre um evento mundial ao alcance de alguns cliques. Com um site simples, mas direto, temos a transmissão online e dados do campeonato, com notícias, fotos e vídeos (adivinhem de onde? Do Youtube, claro!). De forma colaborativa, e usando os recursos modernos disponíveis, temos enfim uma cobertura digna de circuito mundial, e este era um passo há muito esperado e bem-vindo!
Claro que aqui no Brasil já tivemos etapas como o de Rio das Ostras (foto acima) e, este ano, em Santa Catarina, onde pudemos ter acesso a fotos, vídeos e também transmissão online, mas também tivemos problemas, e ainda estamos muito distantes do ideal, como citei anteriormente.
Não tenho dúvidas em afirmar que o sistema que é utilizado no surf deve ser imitado. Cópia mesmo, sabe por que? Porque é comprovadamente um sistema que deu certo, para um esporte similar ao nosso e que rende financeiramente para os organizadores e empresas que investem neste esporte. Tudo o que precisamos para que o Bodyboard conquiste seu espaço e explore melhor suas potencialidades. Aliás, já é tempo de deixar de sermos "potenciais" para virarmo potência. Temos garra e qualidade para isso, mas falta o profissionalismo para que o efeito multiplicador se faça presente e contagie cada um envolvido no bodyboard.
A hora é agora! Estamos conquistando passo a passo nosso espaço. Não podemos perder essa chance, porque provavelmente não teremos outra. Critique, mas construtivamente, para ajudar às entidades que organizam o esporte a cada vez mais fazer o melhor para todos.
Um grande abraço e boas ondas!
Henrez Castro
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